TERRAS POTIGUARES NEWS

terça-feira, 14 de abril de 2009

NOSSO ASPECTO GEOGRÁFICO


SERRAS
No Nordeste brasileiro, são raros os casos em que se têm elevações acima dos 1000 m. Assim sendo, o termo serra é genericamente utilizado para definir um conjunto de elevações que, na maioria das vezes atinge apenas algumas centenas de metros.No interior do Rio Grande do Norte, pode-se identificar duas categorias de serras, ambas tendo o seu arcabouço constituído por rochas cristalinas (rochas ígneas e metamórficas). Uma categoria possui o topo pontiagudo, enquanto a outra, em função da presença de uma cobertura de rochas sedimentares (arenitos e sedimentos argilo-arenosos representantes, em sua maioria, da Formação Barreiras), possui topo com morfologia em planaltos.As serras constituídas unicamente por rochas cristalinas, se caracterizam por apresentar topo pontiagudo ou irregular, na maioria das vezes, sendo formadas por rochas graníticas, ocasionalmente basálticas, apresentando-se geomorfologicamente como corpos isolados do relevo adjacente. Como exemplos dessa tipologia de serras podemos citar o Pico do Cabugi, no município de Lages, a Serra Branca, em São Rafael , a Serra da Barriguda, em Alexandria , a Serra de Patu, em Patu e a Serra do Acauã, em Currais Novos, entre outras.O pico do Cabugi (Fig. 3), um conhecido cartão postal do Estado do Rio Grande do Norte, tem sua denominação originada do Tupi-Guarani ("cabugi"="peito de moça"), merecendo atenção especial por se tratar do único vulcão brasileiro que ainda preserva a sua morfologia original. Geologicamente ele possui a sua base constituída por gnaisses Pré-Cambrianos (rochas metamórficas de idade superior aos 500 milhões de anos) e, no seu topo, encontramos os basaltos (rochas vulcânicas de cor cinza escuro a preto e com idades variando, grosso modo, entre 20 e 63 milhões de anos).Por vezes, também são encontradas serras constituídas por rochas quartzitos, que apresentam topos relativamente planos e com grande extensão lateral. Dentre essas serras destacam-se as serras Imburanas-Queimadas, no município de Currais Novos e do Feiticeiro, em Lages. Na primeira, ocorre importante canyon "os Apertados"), que apresenta importante potencialidade para o ecoturismo.Como exemplos de serras caracterizadas pela existência de planaltos sedimentares no seu topo, podemos elencar, entre outras, a Serra de Martins (altitude de 745m), situada no município homônimo e as serras de João do Vale e Santana, estas últimas situadas na região do Seridó norte-rio-grandense.Do ponto de vista ambiental, as serras se destacam pelo melhor estado de preservação da sua fauna e flora, belas paisagens e clima mais ameno em função da altitude.Em relação às atividades turísticas, as regiões serranas se apresentam como possuidoras de grandes potencialidades, notadamente para aquelas ligadas diretamente ou indiretamente ao ecoturismo, turismo de aventura e turismo esportivo, haja vista as suas características ambientais. Assim, essas regiões são privilegiadas para o desenvolvimento de uma gama de atividades turísticas, que vão desde as mais radicais (vôo livre, montanhismo, escalada, rapel, cascading, caving, mountain bike e outras), até aquelas que compreendem um estado mais de sossego e tranqüilidade, repouso, meditação e observação da natureza em seu estado mais primitivo.Serra da Barriguda, Alexandria-RN (FIGURA ACIMA, A MARAVILHA POTIGUAR NÚMERO 1). Pico de granito de idade Pré-Cambriana (altitude de 602 metros e altura aproximada de 300 metros). Pico do Cabugi, Lages-RN. Único vulcão brasileiro que ainda preserva a sua forma original (altitude de 590 metros e altura aproximada de 400 metros). Serra de Martins, Martins-RN. Topo plano (745 m de altitude) formado por rochas sedimentares.
CAVERNAS E GRUTAS
Caverna é um termo genérico, utilizado para designar toda cavidade natural subterrânea, comumente de grandes dimensões (algumas centenas de metros até vários quilômetros de extensão), independente de sua morfologia, e que permita no mínimo a entrada de um ser humano adulto. Por sua vez, o termo gruta, também muito utilizado, caracteriza toda caverna de desenvolvimento preferencialmente na horizontal e superior a 20 m.A grande maioria das cavernas do sertão potiguar estão associadas a dissolução de rochas cabornáticas: os calcários cretácicos da Formação Jandaíra na Bacia Potiguar e os mármores pré-cambrianos da Formação Jucurutu.No Rio Grande do Norte, apesar de já se conhecer dezenas de cavernas, nenhuma delas dispõe ainda de boa infra-estrutura para visitação turística. Entre as muitas cavernas existentes em território potiguar, pode-se citar: a Caverna do Roncador, no município de Felipe Guerra; as cavernas no município de Jandaíra; as grutas do Lajedo Soledade, no município de Apodi; e a Casa de Pedra, no município de Martins , esta última com perspectivas de instalações de obras de acesso e outras estruturas visando facilitar e incrementar a sua visitação e proteção ambiental.As cavernas do sertão norte-rio-grandense se mostram como excepcionais ambientes naturais para o desenvolvimento do turismo do ecoturismo e turismo de aventura. No seu interior podem ainda ser apreciados a rara beleza exibida pelos espeleotemas, além de ricos e preciosos sítios arqueológicos e paleontológicos, uma vez que algumas destas cavernas funcionaram como habitação para povos e outros seres primitivos.

RIOS
O ambiente fluvial apresenta grande potencialidade turística, seja em rios de bacias hidrográficas interiores (endorréicos), seja em rios que deságuam diretamente no mar (exórreicos).Para que uma bacia hidrográfica ou um rio específico seja utilizado como ferramenta turística de uma região deve apresentar água na maior parte do ano, ou seja, que sejam rios perenes. Por sua vez, em rios temporários, como no caso do sertão potiguar, é possível estabelecer o programa turístico, desde que seja realizado um estudo das potencialidades locais e estabelecido um planejamento prévio.Este potencial pode ser avaliado pelas seguintes características: gradiente, presença de canyons, presença de obstáculos naturais, morfologia de fundo, fauna e flora associada, acesso a área e a infraestrutura local.No Rio Grande do Norte, os rios que podem apresentam algum potencial para o desenvolvimento de atividades turísticas são os rios Açu e Mossoró, pois apresentam extensa bacia hidrográfica, cruzando o Estado no sentido S-N, ao longo dos quais ocorrem vários açudes e barragens. As principais potencialidades turísticas que podem ser desenvolvidas nestes rios estão associadas aos esportes náuticos, ecoturismo (trekking), turismo rural, recreação e banho.

Pico do Cabugi, no município de ANGICOS
O Pico do Cabuji em tupi-guarani , peito de moça), conhecido também como Serrote da Itaretama, que significa "região de muitas pedras" em tupi, é um VULCÃO EXTINTOcom 590 m de altitude, também conhecido por Serra de Cabugi, localizado no município de ANGICOS-RN. Sua imagem, bastante difundida no estado potiguar, é praticamente um de seus símbolos informais.
Composto principalmente por rochas basálticas alcalinas intrusivas, está associado a importante evento magmático terciário da região, responsável por diversos corpos rochosos espallhados pelo estado do Rio Grande do Norte. Sua idade isotópica é a mais recente das rochas ígneas brasileiras (± 19 milhões de anos). A presença de pequenos nódulos de rochas ultrabásicas indicam que estas rochas tenham origem em grande profundidade (cerca de 60 km).
Também conhecido como Serra do Cabugié passagem obrigatória entre Natal e MOSSORÓ as duas principais cidades do estado.
OBS.: MAIS INFORMAÇÕES REFERENTE A NOSSA OROGRAFIA NO LINL: OROGRAFIA - oestenews.blogspot.com. NESSA PÁGINA VOCÊ INTERNAUTA VAI FICAR SABENDO UM POUCO MAIS SOBRE AS SERRAS, PICOS E ETC

O ESPAÇO GEOGRÁFICO E FISIOGRAFIA
O sertão potiguar ocupa uma área com cerca de 75 % do Estado do Rio Grande do Norte, compreendendo uma faixa alongada E-W entre as coordenadas 5° 05´ 00" e 7° 00´ 00" S e 35° 40´ 00" e 38° 30´ 00" W . O clima no sertão potiguar é do tipo semi-árido, com temperaturas comumente variando entre 25 e 35° C e, precipitação média anual em torno de 650 mm. Geologicamente, é constituído por rochas cristalinas ígneas e metamórficas de idade Pré-Cambriana (granitos, gnaisses, xistos, mármores, quartzitos, etc.); cobertas por rochas sedimentares do Cretáceo (arenitos, argilitos, calcáreos, e outras), que compõem a Bacia Potiguar, estas sotopostas por arenitos e argilitos do Terciário, pertencentes à Formação Barreiras, ocorrendo no topo das serras interiores. A cobertura de solos é caracterizada principalmente por solos arenosos e argilosos, rasos, que ocorrem sobre os terrenos cristalinos e coberturas sedimentares, além de solos aluviais. As feições geomorfológicas são caracterizadas essencialmente por planaltos e serras, com cotas inferiores aos 813 m e planícies com altitudes inferiores aos 200 m. A hidrografia da região é caracterizada por rios temporários, destacando-se as bacias dos rios Piranhas-Açu e do rio Apodi-Mossoró, que cortam o Estado no sentido S-N.

PRINCIPAIS RECURSOS AMBIENTAIS E SUAS POTENCIALIDADES
O sertão potiguar é caracterizado por uma variedade de recursos ambientais e ambientais mistos (naturais/artificiais), com grandes potencialidades para o desenvolvimento do turismo sustentável. Destacam-se, mormente, as serras, cavernas e grutas, rios, sítios arqueológicos, paleontológicos e hidrotermais, coberturas vegetais, barragens-açudes e atividades mineiras, as quais serão melhor descritas a seguir.

COBERTURAS VEGETAIS
A cobertura vegetal dominante no sertão potiguar é a caatinga, a qual ocupa cerca de 90% do Estado. A Caatinga é uma vegetação característica de clima semi-árido, com chuvas escassas e irregulares e temperatura média à elevada. Os vegetais se mostram ramificados, com um aspecto arbustivo, tendo folhas pequenas ou modificadas em espinhos, o que lhes permite evitar a evapotranspiração (perda de água pela epiderme) e são representados principalmente por cactus (xiquexique, mandacaru, facheiro), arbustos e árvores de pequeno a médio porte (juazeiro, aroeira, jurema, baraúna, maniçoba, etc.), além de bromeliáceas tais como a macambira e o caroá, entre outros . Durante o inverno (período de chuvas), a vegetação ganha novos ramos, aparecem várias gramíneas e a caatinga toma um aspecto verde intenso, bem diferente do marrom predominante que se observa no verão (período de estiagem).A caatinga se apresenta como um importante atrativo para atividades turísticas do tipo turismo rural, hotel fazenda e as demais atividades ecoturísticas, embasado principalmente nas suas peculiares características de semi-aridez, aspecto ímpar e exótico, principalmente para a clientela oriunda de regiões mais frias do planeta.
BARRAGEM DE PAU DOS FERROS NO RIO MOSSORÓ/APODI, COM CAPACIDADE PARA ARMAZENAR 54 MILHÕES DE METROS CÚBICOS D'ÁGUA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NÚMERO DE VISITANTE:

Quem sou eu

Minha foto
É o blog da cultura, política, economia, história e de muitas curiosidades regionais, nacionais e mundiais. Pesquisamos, selecionamos, organizamos e mostramos para você, fique atenado no Oeste News, aqui é cultura! SÃO 118 LINKS: SEU MUNICÍPIO - histórico dos 167 municípios potiguares; CONHECENDO O OESTE, MOSSORÓ, APODI - tudo sobre o município de Apodi, com fatos inéditos; MOSSORÓ - conheça a história de minha querida e amada cidade de Mossoró; SOU MOSSOROENSE DE NASCIMENTO e APODIENSE DE CORAÇÃO; JOTAEMESHON WHAKYSHON - curiosidades e assuntos diversos; JULLYETTH BEZERRA - FATOS SOCIAIS, contendo os aniversariantes do mês;JOTA JÚNIOR,contendo todos os governadores do Estado do Rio Grande do Norte, desde 1597 a 2009; CULTURA, POLICIAIS MILITARES, PM-RN, TÚNEL DO TEMPO, REGISTRO E ACONTECIMENTO - principais notícias do mês; MILITARISMO. OUTROS ASSUNTOS, COMO: BIOGRAFIA, ESPORTE, GENEALOGIA, CURIOSIDADES VOCÊ INTERNAUTA ENCONTRARÁ NO BLOG "WEST NEWS", SITE - JOTAMARIA.BLOGSPOT.COM OESTE NEWS - fundado a XXVII - II - MMIX - OESTENEWS.BLOGSPOT.COM - aqui você encontrará tudo (quase) referente a nossa querida e amada terra potiguar. CONFIRA...

STPM JOTA MARIA

STPM JOTA MARIA
HONESTIDADE, HUMILDADE E SINCERIDADE